Alex de Freitas
Ciência
FAPEMIG
Fernando Pimentel
Hyperloop TT
Novo
Prefeitura de Contagem
PT
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico
Sedectes
Tecnologia e Ensino Superior
Zema
QUANTO CUSTOU MAIS ESSE VEXAME?
Para anunciar a instalação da Hyperloop TT em Contagem, o prefeito Alex de Freitas autorizou uma grande campanha publicitária. Foi uma ação de
comunicação em duas etapas: primeiro, chamaram a atenção das pessoas para o que
seria o anúncio da chegada empresa em Contagem, despertando a curiosidade nas
pessoas com a seguinte pergunta: “Você sabe o que Abu Dhabi, Los Angeles, Toulose
e Contagem têm em comum?”
Semanas depois, uma nova e também vultuosa propaganda punha
fim ao “mistério”: Contagem seria sede da instalação de uma filial da Hyperloop
TT — empresa que desenvolve a construção de trens que se locomovem em capsulas
a vaco e propulsão eletromagnética, que podem atingir grandes velocidades.
Campanhas como essas são caríssimas. E, nesse caso, foi dinheiro jogado fora.
Nessa sexta-feira (26) a imprensa repercutiu a
desistência da empresa de se instalar em Contagem.
Num primeiro momento, a Hyperloop TT culpou o Estado pelo
não repasse de R$ 13 milhões, cota do investimento que caberia ao Governo de Minas.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico,
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes) devolve para Hyperloop, registrando
que solicitou à empresa a apresentação do projeto e de um plano de trabalho
para análise, "assim como qualquer projeto apoiado pela Fapemig",
respondeu a secretaria, em nota, para a matéria publicada no portal Terra.
"A análise dos documentos realizada por
consultores técnico-científicos e pela Procuradoria do Estado apontou a
necessidade de ajustes, os quais foram solicitados pela Fapemig à Hyperloop.
Porém, sem nenhum retorno desde então", completou a Secretaria.
Ainda segundo a nota, a Hyperloop também não
apresentou "contrapartida consistente para o projeto de investimento no Estado”.
"Pode ser que a gente tenha falhado em se
comunicar da forma correta", reconheceu o diretor da operação brasileira
da HyperloopTT, Ricardo Penzin, que disse em outro momento da publicação, que o
Governo de Minas até assinou um memorando de entendimento, mas a oficialização
jamais aconteceu, nem na gestão Pimentel (PT), nem na gestão Zema (Novo).
Memorando de entendimento, numa rápida pesquisa, é uma espécie
de “primeiro passo”, antes da formalização de um documento jurídico mais
elaborado. Em outras palavras, seria uma versão mais formal de um acordo
verbal, ou um acordo de cavalheiros.
Assim, antes da oficialização da parceria entre o Governo
do Estado e Hyperloop TT, a Prefeitura de Contagem cedeu a utilização de um
enorme espaço público e investiu vultuosa quantidade de recursos públicos
em mais um anúncio que não se concretizará.
Quanto custou mais esse vexame?
Guilherme Jorgui
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