Gerir uma cidade do tamanho
de Contagem, terceira maior população de Minas Gerais, com baixos repasses
dos governos estaduais e federais — em meio a uma grave crise econĂ´mica — pede novas fontes de arrecadação.
Prefeito que foi, Carlin
sabe (ou deveria saber) a falta que faz os recursos vindos do IPTU.
Por isso a participação do PCdoB na audiência
pĂşblica na Câmara Municipal Ă© estranha, para dizer o mĂnimo. Sobretudo a do
ex-prefeito, cuja votação recebida deixou clara a desaprovação ao seu governo.
Somente no setor da saĂşde Carlin deixou, entre
os problemas mais visĂveis, o prĂ©dio da Nova Maternidade funcionando somente
com a estrutura da antiga que já funcionava nas dependências do
Hospital Municipal. Dos quatro andares, apenas dois funcionavam.
Problemas como infiltrações,
rachaduras, banheiros que nĂŁo funcionam, vazamento em caixas d’água, mofos,
falta de medicamentos, além de portas e janelas danificadas eram comuns no hospital.
Ainda prefeito — e com a
nova maternidade já inaugurada — sob a gestĂŁo de Carlin uma mulher deu a luz na sala de espera da maternidade. Como se nĂŁo bastasse, a falta de apoio mĂ©dico
fez com que o recĂ©m-nascido caĂsse no chĂŁo.
Ao inspecionar o hospital, o
recém empossado prefeito Alex de Freitas (PSDB) revelou um setor inteiro
desativado Ă imprensa.
Em entrevista para o jornal Estado de Minas, o atual secretário de Saúde, Bruno Diniz disse que várias
viaturas do Samu estavam paradas por falta de manutenção. “Muitas estĂŁo com
pneus em pĂ©ssimo estado. Somente duas estĂŁo funcionando sem nenhum problema”.
Se dava para fazer uma gestĂŁo assertiva e eficiente sem os recursos
do IPTU, entĂŁo porque que Carlin nĂŁo fez?