Outra vez, Ademir!?




O que esperar de candidato em que só dois cenários lhe são possíveis, um em que perde com poucos votos, e outro em que perde com um pouco mais de votos?

Assim é o atual momento político do ex-prefeito Ademir Lucas, que perdeu cinco das últimas sete eleições que disputou.

Sempre assombrado pela possibilidade de não conseguir registrar sua candidatura, em decorrência de alguns dos seus muitos processos o enquadrarem na Lei da Ficha Limpa, Ademir é mais uma vez pré-candidato à Prefeitura de Contagem.


ASCENSÃO E QUEDA


Depois de governar Contagem entre os anos de 1989 e 1993, Ademir retorna à prefeitura em 2001, eleito para o seu segundo mandato com prefeito.

Veio a campanha à reeleição em 2004, e Ademir perde para a petista Marília Campos.

Em 2006, Ademir volta a Assembleia Legislativa, eleito deputado estadual, com 56.042 votos.

Novas eleições municipais em 2008, e Ademir lança-se candidato a prefeito. Lidera as intenções de voto boa parte da campanha, ficando à frente da então prefeita Marília Campos. A petista, porém, consegue virar e vencer Ademir.  

Ademir tenta se manter deputado estadual nas eleições de 2010, mas, alcançando apenas 42.701 votos, não se reelege.

Seu declínio eleitoral ganha novo capítulo em 2012, quando se lança outra vez candidato a prefeito e não chega nem ao segundo turno, ficando em terceiro lugar nas eleições, com 79.930 votos (25.49%), atrás dos deputados estaduais Durval Ângelo (PT), que foi para o segundo turno com 98.241 votos (31,33%), e Carlin Moura (PC do B), que recebeu 118.748 votos (37.88%).  
Num misto de cálculo eleitoral e falta de ambiente dentro da sua própria legenda, Ademir se vê forçado a trocar de partido, saindo do PSDB e indo para o PR.

Nova tentativa de retorno à assembléia em 2014 e outra derrota, talvez a mais preocupante, já que conseguiu apenas 19.505 votos.


OLHAAAAA ELEEEEEE!


As eleições de 2016 trazem novamente um Ademir pré-candidato e com sérias debilidades políticas.

A primeira delas, sua pouca expectativa de vitória. A sequência de derrotas eleitorais, um pesado desgaste de sua imagem pública e o atual momento político pendendo para uma total renovação, tiram de Ademir qualquer de possibilidade de êxito. 

Também recai sobre ele receios pela confusão que faz entre sua vida pessoal e a campanha, agravando ainda mais sua inviabilidade eleitoral.

Na campanha de 2008, em que Ademir liderou a maior parte do tempo, uma confusão entre assessores e parentes que já disputavam a distribuição de cargos em um governo que ainda não haviam ganhado contaminou os rumos campanha, com auto-sabotagens e fogo amigos de todo tipo.

Antes, Ademir contava com a retaguarda de um partido grande e à frente do governo do Estado, o PSDB. Atualmente abrigado no PR, Ademir tem dificuldade na articulação política e na composição com outros partidos.


Ademir sabe até onde pode ir. O problema é para quem vai com ele.  

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